Wasteband
Uma performance virtual com chá de Patrícia Portela
Menção Honrosa Prémio ACARTE/Madalena Azeredo Perdigão 2003
Prémio Reposição Teatro na Década, Clube Português de Artes e Ideias 2004
Em oito minutos e meio Sergei Krikalev ultrapassa a atmosfera e perde a gravidade; Tânia, senta-se num café, à espera, o vizinho de Krikalev chega ao Espaço mantendo os pés bem assentes na Terra, a lua cai numa praia cheia de sapos, a União Soviética desmorona-se, e José, deitado numa cama de hospital, conclui que o que lhe faz falta não são as pernas dele mas as impressões digitais dela, pede um coração artificial e faz restart. Como está cientificamente provado que não nos podemos lembrar de mais do que 7 coisas ao mesmo tempo, Tânia esquece José. Krikalev, lá em cima, pensa em chorar mas não vale a pena: no Espaço as lágrimas não caiem, só causam chatices. E há oito minutos e meio atrás?: fazemos rewind para avançar na história.
Somos uma sucessão de momentos vividos ao máximo e reduzidos ao mínimo. Somos como fotografias.
Imprensa
“WasteBand, breve tratado do amor e da ficção científica, narrativa de encantamento e quebra-cabeças de histórias cruzadas e de equilibrismo na colagem e acumulação de camadas de informação e estruturas formais de organização dramatúrgica e poética do espaço e do tempo”.
Claudia Galhós in “Jornal de Letras”
“the ingenious production WasteBand by the Portuguese Patricia Portela.(…) is (a) travel program into the best of allegories, WasteBand. Fundamental science, distorted signs and fake history give evidence in this performance of a real existing parallel universe of stories. The audience sits around a large conference table together with the artist and are taken on a masterfully calculated flight path through this universe (…) Portela projects dream dancers in zero gravity, remainders of memories of reality and the dissolving love story of Tania and Jose. «We live in an enormous novel» says Portela, the poetical travel guide and dazzling speaker, «in which nothing must be invented: all these images are already there”.
Helmut Ploebst in de Standard; Vienna, Austria
“WasteBand – O sabor do futuro”
“muito futurista, muito conceptual e, também, muito divertido.(…) O futuro é sempre tentador.”
José Couto Nogueira in “O Independente”
“WasteBand é uma peça de fusão, em que tudo se liga.”
Cátia Felício in “Público”
“Wasteband faz uso do humor e da música, propondo uma espécie de work-in-progress, onde o tempo real acontece depois do tempo virtual. (…) o performer aborda formas retóricas como o debate, a conferência, o monólogo, e fala-nos de histórias de amor. (…) a estrutura final assume um formato entre a telenovela, video-jogo e ambiente de internet.
In revista número
“Foi um espectáculo memorável para aqueles que assistiram, no passado dia 6 de Novembro no Teatro-Cine da Covilhã, à apresentação da “peça” Wasteband de Patrícia Portela, integrada no Festival Y#02. Foi a quebra de todos os tabus, na maneira de fazer teatro, de estar em palco e fundamentalmente na maneira de “agarrar” o espectador.”
António Gil In Jornal da Covilhã
“Um notável processo de recriação do lugar do texto no teatro, designadamente, do lugar da palavra na sua relação directa com o público(…)Durante a representação, o espectador deriva entre a perplexidade, a overdose de informação e a constatação da vulnerabilidade humana”.
(…)a saturação da informação, quer ao nível das histórias contadas em pormenor quer ao nível das imagens e da documentação científica (e pseudo-científica), que conduz a uma abertura para a emoção, invulgar no momento cultural e artístico actual. (…)
(…)Numa minuciosa e inteligente estrutura, em que nada é deixado ao acaso, Patrícia Portela procura na situação teatral uma estratégia de comunicação com o espectador, pesquisando e renovando formatos de contar histórias”.
Ana Pais in Sinais de Cena